Quando Sophie Charlotte, atriz de 36 anos, concedeu entrevista à Marie Claire em 29 de setembro de 2025, ela não estava apenas falando de um papel, mas de um marco pessoal: ser a primeira protagonista de horário nobre da TV Globo. A entrevista revelou a paixão da artista por Gerluce, a heroine de "Três Graças", novela que estreou em 20 de outubro às 21h.

Contexto da novela e da personagem

"Três Graças" surge como uma crônica da força feminina nas periferias de São Paulo. Gerluce Maria das Graças, interpretada por Sophie Charlotte, representa três gerações de mães solo que enfrentam a maternidade precoce e a violência estrutural. A trama foi concebida por Aguinaldo Silva, ao lado de Virgílio Silva e Zé Dassilva, com direção artística de Luiz Henrique Rios.

A história tem início com Lígia (interpretada por Dira Paes), que, ainda adolescente, engravida e se vê obrigada a sustentar a família sozinha. Sua filha, Gerluce, repete o ciclo ao dar à luz Joélly (Alana Cabral) ainda na adolescência. Determinada a romper essa sequência, Gerluce luta contra uma rede de corrupção no sistema de saúde que distribui medicamentos falsos, colocando a vida de sua mãe em risco.

Entrevista exclusiva: o que Sophie Charlotte disse à Marie Claire

Na entrevista, a atriz descreveu Gerluce como "uma mulher tipicamente brasileira" – simples, intensa e marcada pelo trabalho árduo. "Eu estava com vontade de contar a história de uma mulher que vive e trabalha, que não tem tempo para pausa", afirmou Sophie. Quando inquirida sobre semelhanças pessoais, ela revelou que seu próprio comprometimento profissional às vezes invasivo se assemelha ao da personagem: "Não é um ofício que termina quando você passa o crachá; isso me tensiona, invade meu bem‑estar".

Sobre assumir o protagonismo nas 21h, Sophie confessou o frio na barriga: "É a primeira vez que carrego o peso da novela das nove. Depois de 20 anos de carreira, ainda sinto aquele frio que senti na primeira gravação".

Momento Mais Você: revelações dos bastidores

No dia 7 de outubro, Ana Maria Braga recebeu Sophie Charlotte e Grazi Massafera no programa Mais Você. Grazi, que encarna Arminda – a primeira vilã de peso da carreira – contou que a trama traz "uma família tradicional: mamãe, papai, filhinho e amante". O amante, Santiago Ferrette, é interpretado por Murilo Benício, enquanto Zenilda, esposa de Santiago, é vivida por Andréa Horta.

Aguinaldo Silva participou via vídeo, alertando que os embates entre Gerluce e Arminda serão "terríveis". O suspense permanece: quem pagará o preço da corrupção que ameaça a comunidade?

Impacto social e cultural

Impacto social e cultural

"Três Graças" não é apenas entretenimento; é um retrato da realidade das favelas paulistas, onde a ausência de assistência médica de qualidade gera tragédias cotidianas. O enredo levanta discussões sobre o acesso a medicamentos, a vulnerabilidade de mães jovens e a luta contra o crime organizado que se infiltra nos serviços públicos.

Especialistas em saúde pública, como a pesquisadora Claudia Santos (não marcada como entidade principal), apontam que a ficção pode gerar conscientização: "Quando a televisão traz à tona a falsificação de remédios, há um risco real de mobilizar a população a exigir respostas das autoridades".

Para o público, a reação foi imediata. No dia da estreia, Sophie Charlotte compartilhou nas redes sociais: "Acordei com uma emoção tão grande. Três Graças está com o público. Sensação gostosa de ser brasileira e de amar novela!".

O que vem pela frente?

Com a novela em andamento, a expectativa gira em torno dos desfechos: Gerluce conseguirá desmascarar a rede de medicamentos falsos? Arminda encontrará redenção ou se aprofundará na vilania? Aguinaldo Silva prometeu que os próximos episódios trarão "reviravoltas imprevisíveis".

Para os fãs, a jornada de Sophie Charlotte no horário nobre marca o início de uma nova fase. "É a prova de que a persistência dá frutos. Agora, devo honrar a confiança da Globo e do público", declarou a atriz em entrevista ao Gshow.

Curiosidades e bastidores

Curiosidades e bastidores

  • O nome "Três Graças" faz referência às três gerações de mulheres que dão nome à trama.
  • A trilha sonora inclui composições de MPB que reforçam a identidade brasileira da novela.
  • A produção utilizou locações reais em comunidades de São Paulo, garantindo autenticidade nas cenas externas.
  • Sophie Charlotte treinou com trabalhadoras de saúde para compreender melhor o tema dos medicamentos falsos.

Perguntas Frequentes

Como a novela aborda a questão dos medicamentos falsos?

A trama mostra que a falsificação é alimentada por corrupção no sistema de saúde pública, afetando diretamente a vida de Gerluce e sua mãe. O roteiro inclui investigações que trazem à tona redes de crime organizado, incentivando o debate sobre a necessidade de fiscalização rigorosa.

Qual a importância da personagem Gerluce para a representação das mulheres periféricas?

Gerluce simboliza a resistência e a coragem das mães solo que, apesar das adversidades, lutam por um futuro melhor para suas filhas. Ao ser descrita como "tipicamente brasileira", a personagem traz visibilidade a histórias frequentemente esquecidas nas grandes telas.

O que torna a participação de Grazi Massafera como vilã especial?

É a primeira vez que Grazi assume o papel de antagonista de peso. Sua vilã, Arminda, é construída com camadas de vulnerabilidade e ambição, destacando a complexidade dos personagens femininos na narrativa contemporânea da TV Globo.

Quais são os próximos desafios para Sophie Charlotte na novela?

Além de manter a credibilidade da protagonista, Sophie precisará equilibrar a pressão de liderar o horário nobre com a expectativa do público, que busca tanto drama quanto mensagens sociais contundentes.

Quando será exibido o próximo capítulo de "Três Graças"?

A novela segue exibindo novos episódios todas as noites de segunda a sábado, às 21h, na TV Globo. Os teasers da próxima semana prometem revelações importantes sobre a rede de corrupção.

13 Comentários
  • Bruna costa
    Bruna costa

    É impossível não sentir o peso da história que a novela traz, especialmente quando vemos a Gerluce lutando contra um sistema que falha com tantas mães. A representação das três gerações de mulheres solo dá voz a quem raramente aparece nas telas. Além disso, o fato de Sophie Charlotte ter se preparado ao lado de trabalhadoras de saúde mostra comprometimento real. Essa troca entre ficção e realidade pode abrir espaço para debates sérios sobre a falsificação de medicamentos. Espero que o público perceba a força da mulher brasileira através desses personagens.

  • Carlos Eduardo
    Carlos Eduardo

    Quando a trama revela a rede de medicamentos falsos, sinto como se o coração fosse apertado por dentro – é drama puro, mas refletindo dores reais. A atriz se joga de cabeça nesse papel, e isso fica evidente a cada cena que grava. O suspense entre Gerluce e Arminda promete noites sem dormir, como se estivéssemos vivendo o próprio novela. Ainda que eu prefira manter certa distância, não dá para negar o impacto emocional dessa história.

  • EVLYN OLIVIA
    EVLYN OLIVIA

    Ah, a novela que "mostra a força da mulher brasileira", claro… como se a TV ainda não tivesse usado esse clichê mil vezes antes.

  • joao pedro cardoso
    joao pedro cardoso

    Vale lembrar que a questão dos remédios falsificados não é ficção; o Ministério da Saúde já divulgou relatórios mostrando um aumento de 23% nos últimos dois anos. Esse número reflete falhas sistêmicas tanto na fiscalização quanto na distribuição. A novela, ao colocar a personagem central nesse dilema, dá visibilidade a um problema que afeta milhões. Além disso, a escolha de locações reais nas periferias adiciona credibilidade visual que raramente se vê em produções de horário nobre. Em suma, Três Graças pode servir como ponte entre o entretenimento e a conscientização pública.

  • Murilo Deza
    Murilo Deza

    Bom, mais uma novela, vamos ver.

  • Ricardo Sá de Abreu
    Ricardo Sá de Abreu

    Que mistura incrível de drama e realidade, a trama consegue tocar a gente de forma quase poética, sem perder a leveza que a gente espera da hora nobre, a gente sente a força da mulher que se levanta dia após dia, Sophie realmente mergulhou fundo nesse personagem, e isso transparece na tela, é impossível não se emocionar ainda mais quando vemos a luta contra a corrupção no sistema de saúde.

  • Priscila Araujo
    Priscila Araujo

    Admiro demais como a série coloca a coragem das mães em primeiro plano, é inspirador ver essas histórias ganharem o espaço que merecem.

  • Glauce Rodriguez
    Glauce Rodriguez

    Embora seja louvável a intenção de trazer à tona a realidade das periferias, a novela ainda peca ao simplificar demais as causas da falsificação de medicamentos, quase como se fosse apenas um vilão isolado, ignorando as complexas estruturas de poder e lucro que permeiam o sistema de saúde brasileiro.

  • Daniel Oliveira
    Daniel Oliveira

    Não há como negar que o drama apresentado em Três Graças tem despertado um interesse inesperado nas discussões cotidianas sobre saúde pública. Contudo, ao analisarmos a narrativa com um olhar crítico, percebemos que a trama recorre frequentemente a soluções simplistas para problemas estruturais complexos. Por exemplo, a figura da Gerluce é pintada como uma heroína solitária capaz de desmantelar uma rede de corrupção com poucos aliados. Essa representação acaba reforçando o mito do indivíduo extraordinário em detrimento da necessidade de reformas institucionais. Além disso, a simplificação dos processos de distribuição de medicamentos pode gerar expectativas irreais no público espectador. Outro ponto a considerar é a forma como a novela trata a figura da vilã Arminda, que se torna quase caricata, desviando o foco da crítica social para um conflito pessoal. Ademais, a escolha de locações reais, embora louvável do ponto de vista estético, ainda permite que se mantenha uma distância emotiva entre o telespectador e a verdadeira dureza da vida nas favelas. Por consequência, o efeito de empatia pode ser superficial, não levando a um engajamento efetivo nas políticas de saúde. Ainda assim, é inegável que a obra conseguiu colocar no centro do debate um tema que costuma ser relegado aos bastidores das discussões parlamentares. A partir desse ponto, cabe ao público questionar se a dramatização serve como ferramenta educativa ou apenas como recurso de entretenimento. Se a novela realmente pretende provocar mudanças, seria desejável que os roteiristas incorporassem, de maneira mais aprofundada, as nuances das investigações policiais e dos processos judiciais envolvendo a falsificação de remédios. Por fim, esperamos que os próximos episódios não se limitem a reviravoltas previsíveis, mas que realmente desafiem as estruturas de poder que perpetuam tais crimes. Tal abordagem poderia inspirar campanhas de vacinação mais seguras e estimular a participação cidadã nos conselhos de saúde municipal. Também seria interessante ver personagens que representem profissionais de farmácia ética, contrastando com os vilões da trama. Assim, a novela teria a oportunidade de educar enquanto entretém, cumprindo um papel social relevante.

  • Ana Carolina Oliveira
    Ana Carolina Oliveira

    Fantástico ver a narrativa trazendo tanta cor e sensibilidade, realmente eleva o padrão das novelas!

  • Bianca Alves
    Bianca Alves

    Interessante análise 🤔, mas acho que a novela também tem seu valor artístico e emocional 🌟.

  • gerlane vieira
    gerlane vieira

    O clichê está mais evidente do que nunca, falta originalidade.

  • Andre Pinto
    Andre Pinto

    É curioso como você insiste no mesmo ponto, mesmo quando há tantos outros aspectos a considerar.

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