Crise de Pânico: o que é, como identificar e tratar

Se dentro de poucos minutos o coração acelera, a respiração fica curta e o medo parece impossível de controlar, pode ser uma crise de pânico. Não é só nervosismo; são sintomas físicos e mentais intensos que surgem sem aviso. O importante é saber que isso tem explicação e que há caminhos para se sentir melhor.

Sinais e sintomas mais comuns

Durante uma crise, a maioria das pessoas sente palpitações, suor frio, tremores e sensação de que vai desmaiar. Outros relatos incluem medo de morrer, perda de controle ou sensação de irrealidade, chamada despersonalização. Esses episódios costumam durar de alguns minutos a meia‑hora, mas o impacto pode ficar por horas.

Algumas situações gatilho são muito comuns: estresse no trabalho, consumo excessivo de cafeína, falta de sono ou até um lembrete de uma crise anterior. Se você já passou por uma, o cérebro fica alerta e pode disparar outra crise mais rápido.

Como buscar ajuda e tratar

O primeiro passo é conversar com um profissional de saúde. Um psicólogo ou psiquiatra pode confirmar o diagnóstico e indicar a terapia mais adequada. A terapia cognitivo‑comportamental (TCC) costuma ser a mais eficaz, pois ajuda a mudar padrões de pensamento que alimentam o medo.

Medicamentos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), são opções quando a frequência das crises é alta. Eles não aliviam a crise instantaneamente, mas reduzem a probabilidade de episódios futuros.

Além das intervenções clínicas, algumas práticas do dia a dia ajudam a controlar a ansiedade. Técnicas de respiração profunda – inspirar contando até quatro, segurar dois segundos e expirar lentamente – acalmam o sistema nervoso. Exercícios físicos regulares, como caminhada ou bicicleta, também diminuem a tensão acumulada.

Se estiver no meio de uma crise, tente focar em algo concreto: sentir o chão sob os pés, tocar um objeto frio ou repetir mentalmente um número. Esses pequenos âncoras podem quebrar o ciclo de pânico e trazer a sensação de volta ao presente.

É fundamental lembrar que crises de pânico não são sinais de fraqueza. Elas são reações corporais que podem ser treinadas para mudar. Procurar ajuda não significa estar “doente”, mas sim investir na própria qualidade de vida.

Para quem ainda sente medo de ter outra crise, o planejamento é essencial. Leve sempre um mini‑kit com água, um item tranquilizador (como uma bola anti‑estresse) e um número de contato de um amigo ou profissional. Saber que há um plano reduz a ansiedade antecipatória.

Se você reconheceu algum dos sintomas descritos, não deixe para depois. Marque uma consulta, converse com alguém de confiança e experimente as técnicas de respiração. Cada passo diminui a potência da crise e devolve o controle à sua rotina.

Crises de pânico podem aparecer de repente, mas a boa notícia é que há tratamento comprovado e estratégias simples que podem ser aplicadas imediatamente. O caminho para a tranquilidade começa com informação, apoio e ação prática.

Enfermeira Brasileira Desaparecida em Portugal Retorna Após Crise de Pânico
24 setembro 2024 Marcelo Frasson

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Natalie, uma enfermeira brasileira de 38 anos, que desapareceu após uma discussão com seu pai em um restaurante em Almada, Portugal, retornou. Ela apresentou-se à Polícia de Segurança Pública na noite de domingo após ter uma crise de pânico e buscar atendimento médico. O incidente, que começou com uma visita ao monumento Cristo Rei, envolveu uma busca intensa e investigação policial.

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