Harriet Tubman: quem foi e por que ainda inspira
Se você ainda não ouviu falar de Harriet Tubman, está na hora de mudar isso. Nascida como escrava nos Estados Unidos, ela virou um dos símbolos mais fortes de resistência contra a escravidão. A história dela não é só sobre coragem, mas também sobre estratégia, rede de apoio e um senso de justiça que atravessa séculos.
A jornada para a liberdade
Harriet nasceu por volta de 1822, na Maryland, e teve que enfrentar o peso da escravidão desde a infância. Quando ainda era adolescente, escapou para o norte e encontrou refúgio na rede conhecida como Underground Railroad, um caminho secreto que ajudava escravos a fugir dos fazendeiros sulistas. Não ficou apenas na fuga: ela voltou ao sul dezenas de vezes, guiando dezenas de escravos até a liberdade.
O que faz o nome dela ainda bater forte nos livros de história é que ela nunca se cansou. Cada viagem exigia planejamento detalhado – rotas, esconderijos, pessoas de confiança – e ela sabia exatamente como driblar os caçadores de escravos. Em um momento, chegou a ser chamada de "Moisés" pelos que a seguiam, porque conduzia seu povo para a outra margem.
Nos anos de guerra civil, Harriet atuou como espiã para o Exército da União. Ela coletou informações valiosas, ajudou a organizar resgates de escravos e chegou a conduzir uma missão que libertou mais de 700 pessoas em apenas 48 horas. Essa façanha mostrou que sua habilidade não se limitava a guiar caminhos, mas também a coordenar ações de grande escala.
Legado e lições para o Brasil
O nome de Harriet Tubman ecoa além das fronteiras americanas. No Brasil, ainda lidamos com as marcas da escravidão e com desafios de igualdade. A forma como Harriet construiu alianças, aproveitou recursos limitados e colocou a vida de outras pessoas acima da sua própria serve de exemplo para quem luta contra o racismo e a desigualdade aqui.
Hoje, escolas, museus e até campanhas de direitos humanos usam sua história para ensinar sobre resistência e solidariedade. O próprio governo dos EUA declarou 2022 como o Ano de Harriet Tubman, reforçando que seu legado ainda tem força para inspirar políticas de justiça social.
Na prática, seguir a pegada de Harriet pode significar apoiar projetos que ajudam descendentes de escravizados, participar de movimentos que combatem o racismo institucional ou simplesmente espalhar a história dela nas redes sociais. Cada pequena ação ajuda a manter viva a chama da liberdade que ela acendeu.
Então, da próxima vez que encontrar um debate sobre libertação ou igualdade, lembre-se de Harriet Tubman: uma mulher que, sem ter muito, mudou o rumo de milhares de vidas. E você, que tal aplicar um pouquinho dessa coragem no seu dia a dia?