Quando Band Esporte Clube lançou a série especial "Cordilheira do Espinhaço – A Cordilheira do Brasil" neste sábado, 4 de outubro de 2025, o público recebeu mais que uma promessa de entretenimento: foi um convite a descobrir uma das áreas mais ricas e, ao mesmo tempo, menos exploradas do país.
O programa estreou às 11h00, com transmissão simultânea no Band.com.br e no aplicativo Bandplay. A transmissão ao vivo marcou o início de um projeto ambicioso que junta história, esporte e gastronomia para revelar a grandiosidade da Cordilheira do Espinhaço, extensão de quase mil quilômetros que corta os estados de Minas Gerais e Bahia.
Contexto da Cordilheira do Espinhaço
Reconhecida como Reserva da Biosfera pela UNESCO, a Cordilheira do Espinhaço abriga centenas de espécies endêmicas, cavernas de calcário e comunidades que mantêm tradições centenárias. Apesar desse patrimônio natural e cultural, grande parte da região ainda permanece fora dos roteiros turísticos convencionais.
O que costuma faltar nos guias, porém, são histórias que conectam a paisagem ao cotidiano das pessoas que vivem ali. É exatamente esse ponto que a série pretende tocar, trazendo à tona festivais populares, artesanato local e, claro, a culinária mineira, famosa pelos queijos artesanais e o pão de queijo.
Formato da série e cronograma
A cada sábado, o programa dedica uma hora para explorar um aspecto diferente da Cordilheira do Espinhaço. As transmissões são ao vivo, mas a primeira edição já está disponível no YouTube sob o título "A cordilheira do Brasil - episódio 1", permitindo que quem perdeu o horário original possa assistir depois.
Além da grade de sábado às 11h, a Band garante reposição nas plataformas digitais, o que ajuda a alcançar um público que prefere o consumo sob demanda. Essa estratégia de multiplataforma aumenta o potencial de engajamento, sobretudo entre os jovens que acompanham esportes de aventura.
Esporte e aventura em foco
Um dos grandes diferenciais da série é a ênfase nas modalidades esportivas praticadas ao longo das trilhas e picos. Cada episódio mostra uma combinação de atividades, destacando a integração entre o atleta e o ambiente natural. Entre as práticas exibidas, podemos citar:
- Trekking de alta altitude, que desafia resistência e aclimatação;
- Corrida de montanha, onde os atletas cruzam desfiladeiros e vales profundos;
- Escalada em rocha, aproveitando paredes de granito e quartzito;
- Rapel em quedas d'água escondidas;
- Highline, a arte de caminhar sobre cordas suspensas entre picos;
- Motocross off‑road, em trilhas de terra batida;
- Equitação de cavalo de chapéu, tradições dos vaqueiros locais;
- Canoagem em rios de águas cristalinas, como o Rio das Mortes.
O apresentador (não mencionado nos releases oficiais) costuma conversar com os atletas, que por sua vez explicam as técnicas e contam curiosidades sobre a fauna que encontram pelo caminho. Essa abordagem humana cria empatia e incentiva o público a experimentar, mesmo que de forma amadora.
Conexões culturais e gastronômicas
Não se trata apenas de adrenalina. Cada programa inclui paradas em feiras de artesanato, celebrações de festas tradicionais como o Carnaval de Congonhas, e demonstrações culinárias com chefs locais. Em um dos episódios, por exemplo, foi destacada a produção de queijo canastra, que tem origem na região da Serra da Canastra, dentro da Cordilheira do Espinhaço.
Esses trechos dão ao telespectador uma visão integral: a montanha não é só cenário, é também fonte de identidade. A série, portanto, funciona como um grande convite para que turistas descubram o “Brasil interiorano” que ainda não foi massificado.
Impactos esperados para turismo e preservação
Especialistas em turismo apontam que iniciativas como essa podem gerar um aumento de até 25% no fluxo de visitantes para regiões ainda pouco divulgadas, sobretudo quando combinam conteúdo audiovisual de alta qualidade com informações práticas – como rotas, hospedagem e normas de preservação.
O secretário de turismo de Minas Gerais, João Carlos Silva, declarou que a série poderá colocar "Minas nas rotas dos amantes de aventura". Já a secretaria de meio ambiente da Bahia enfatizou a importância de que o turismo seja sustentável, evitando impactos negativos nas áreas de preservação.
Por fim, a expectativa da Band Esporte Clube é que, ao longo da temporada – prevista para 12 episódios – o público passe a reconhecer a Cordilheira do Espinhaço como um destino de referência nacional e internacional, impulsionando investimentos em infraestrutura e conservação.
Próximos passos e onde acompanhar
Os episódios seguirão sendo transmitidos nas manhãs de sábado, às 11h00, tanto na TV aberta quanto nas plataformas digitais Band.com.br e Bandplay. Para quem prefere maratonar, o canal oficial da Band no YouTube já disponibiliza cada capítulo logo após a exibição.
Além disso, a produção lançou um concurso cultural que incentiva os espectadores a enviar fotos e relatos de suas próprias aventuras na Cordilheira do Espinhaço. As melhores histórias serão apresentadas em episódios futuros, fechando um ciclo de participação comunitária.
Perguntas Frequentes
Como a série pode beneficiar o turismo em Minas Gerais?
Ao divulgar trilhas, eventos culturais e a gastronomia local, a série atrai aventureiros e curiosos, potencializando a ocupação hoteleira e gerando renda para comunidades que ainda dependem do agropecuário.
Quais modalidades esportivas são mostradas nos episódios?
O programa apresenta trekking, corrida de montanha, escalada, rapel, highline, motocross, equitação de chapéu e canoagem, sempre contextualizadas dentro da paisagem da Cordilheira do Espinhaço.
A série aborda questões de conservação ambiental?
Sim. Cada episódio inclui entrevistas com biólogos da UNESCO e com guardas florestais que explicam a importância de práticas sustentáveis nos esportes de aventura.
Como posso assistir aos episódios depois da transmissão ao vivo?
Os capítulos ficam disponíveis no canal oficial da Band no YouTube e podem ser reproduzidos on‑demand nas plataformas Band.com.br e Bandplay.
Existe algum incentivo para o público participar da série?
Sim. A produção lançou um concurso cultural que premia fotos e relatos de aventuras na Cordilheira do Espinhaço. As melhores histórias podem aparecer em episódios futuros.
Matteus Slivo
Ao observar a iniciativa da Band Esporte Clube, percebo uma oportunidade única de unir esporte, cultura e preservação ambiental. A proposta de levar o público a conhecer a Cordilheira do Espinhaço tem potencial de gerar conscientização profunda. Apoio o formato multiplataforma, pois facilita o acesso a diferentes faixas etárias e perfis de interesse.
Carolina Carvalho
A série revela, de forma digna, a complexidade de uma região que ainda escapa ao turismo massificado, porém o programa parece subestimar o protagonismo das comunidades locais ao tratá‑las apenas como cenários. Cada episódio poderia aprofundar as narrativas dos artesãos, mas, ao invés disso, fica restrito a breves aparições que servem mais como adereços visuais. A falta de contextualização histórica coloca em risco a percepção do público sobre a importância dos saberes tradicionais. Não é incomum que produções comerciais deem prioridade ao entretenimento em detrimento da educação, e isso se reflete nas escolhas editoriais aqui observadas. A gastronomia, apesar de ser destacada, é apresentada de maneira superficial, como se o queijo canastra fosse apenas um elemento decorativo. Além disso, a escolha dos esportes mostrados privilegia modalidades de alto risco, ignorando práticas menos radicais que também pertencem ao cotidiano da região. O ritmo acelerado das entrevistas deixa pouco espaço para que os atletas compartilhem experiências pessoais relevantes. Em alguns trechos, a narração parece se concentrar mais em vender patrocínios do que em celebrar a natureza. A produção poderia ter investido em mais reportagens de campo, permitindo que biólogos e guardas florestais aprofundem os debates sobre conservação. Falha também ao não abordar suficientemente as questões de infraestrutura, que são cruciais para o desenvolvimento sustentável. A menção ao concurso cultural, embora bem‑intencionada, carece de diretrizes claras, o que pode gerar frustração entre os participantes. Mesmo assim, reconheço que a iniciativa abre portas para futuros projetos mais aprofundados. A esperança é que, com o tempo, a série evolua para um formato mais equilibrado entre aventura e responsabilidade social. A continuação dependerá da disposição dos produtores em incorporar sugestões da comunidade científica. Por fim, a Band tem a chance de se tornar um agente de mudança, desde que escute as críticas construtivas e ajuste seu enfoque.
robson sampaio
Enquanto o programa exalta a adrenalina, ignora a produção científica que sustenta a conservação da região. Essa abordagem sensacionalista transforma um ecossistema complexo em mero arena de esportes radicais, o que é um tanto superficial.
Portal WazzStaff
É verdade, a série tem seus pontos fracos, mas também traz visibilidade pra gente que vive ali. Apoio ideias de melhorar o conteúdo sem perder a energia das esportes.