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Inter mostra força e avança com autoridade

Nem o palco inusitado de Riad, capital saudita, esfriou o ritmo da Inter Milan. Em mais uma noite marcada pela disciplina tática, o time comandado por Simone Inzaghi não vacilou diante da Atalanta. Com a vitória por 2 a 0, os italianos alcançaram a final da Supercoppa Italiana pela quarta vez consecutiva — nada mal para quem entrou em campo sem forçar seu melhor futebol em boa parte dos 90 minutos.

Denzel Dumfries brilhou com dois gols no segundo tempo, decretando o placar e deixando claro porque os nerazzurri são favoritos em praticamente todas as competições que disputam nesta temporada. O holandês aparece de surpresa, invade a área com velocidade, e aproveita o momento certo como poucos. Mesmo com a defesa adversária fechada, Dumfries resolveu com precisão e sangue frio.

Do outro lado, a Atalanta tentou resistir, mas o roteiro da partida foi definido pelas escolhas questionáveis do técnico Gian Piero Gasperini. Sem Lookman e De Ketelaere entre os titulares, o time perdeu força ofensiva. Mesmo assim, o goleiro Marco Carnesecchi brilhou: fez defesa reflexo em chute à queima-roupa de Lautaro Martínez e salvou duplamente em sequência, frustrando também Dimarco. Não fosse por ele, a derrota poderia ter sido ainda mais elástica.

Segunda marcha, mas controle total

Segunda marcha, mas controle total

O que chama atenção é como a Inter administrou a partida. O time pareceu atuar em "segunda marcha": nada de correria desnecessária, só posse de bola, toques precisos e muita paciência para furar o bloqueio rival. Os zagueiros demonstraram uma segurança que se reflete nos números — mais um jogo sem sofrer gols. Bastava ver a tranquilidade de Acerbi e Bastoni, que desarmaram com elegância e orientaram a equipe o tempo inteiro.

A partida também foi marcada pela diferença de mentalidade entre os comandos técnicos. Simone Inzaghi não inventou: colocou o melhor à disposição, escalou Lautaro e Thuram juntos, buscou o resultado o tempo todo. Já Gasperini, cauteloso, apostou num meio-campo mais fechado, que não conseguiu proteger a defesa por muito tempo e ainda perdeu criatividade nas transições.

Agora é tudo contra o Milan. O rival chega animado, depois de eliminar a Juventus em duelo equilibradíssimo. A final da Supercopa Italiana está marcada para 6 de janeiro, novamente em Riad. Os torcedores já podem esperar mais um derby quente, com dois gigantes históricos em busca de mais um troféu.

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