Fellini: tudo que você precisa saber sobre o mestre do cinema

Se você já ouviu falar de Fellini, provavelmente apareceu de passagem ao assistir um filme italiano clássico. Mas quem realmente foi esse cara e por que ainda está presente nas conversas de cinéfilos? Vamos descomplicar a história do diretor que misturou sonho e realidade nas telas.

Federico Fellini nasceu em 1920, na cidade de Rimini, na costa da Emília-Romanha. Começou na indústria como roteirista, ajudando a criar o visual do neorrealismo pós‑guerra. Foi aí que pegou o jeito de contar histórias grandes usando situações simples, estilo que depois se transformou na sua marca registrada.

Os filmes essenciais de Fellini

Se tem três filmes que todo mundo deve assistir para entender Fellini, são eles: La Strada (1954), (1963) e Amarcord (1973). La Strada mostra a vida dos nômades da estrada com uma sensibilidade que arrepia. é quase um filme sobre fazer filme – cheio de lembranças, dúvidas criativas e cenas que parecem sonhos acordados. Já Amarcord é uma homenagem à infância de Fellini em Rimini, cheia de personagens caricatos e humor melancólico.

Além desses, vale citar O Nascimento de uma Nação (1951) e O Leopardo (1963), que – apesar de menos famosos – mostram como o diretor brincava com a história e a imaginação. Cada obra tem um toque visual distinto: uso de cores vibrantes, iluminação dramática e, claro, aquele jeito de colocar o cotidiano ao lado do surreal.

Por que Fellini ainda importa

A razão principal é que Fellini redefiniu o que um filme pode ser. Ele tirou as regras rígidas do realismo e deu espaço para o irracional, para a memória, para o simbolismo. Hoje, cineastas como Wes Anderson, Guillermo del Toro e até o brasileiro Kleber Mendonça Filho citam Fellini como inspiração para criar mundos próprios.

Outro ponto forte é a técnica. Fellini adorava usar longos planos e movimentos de câmera fluidos, o que ainda é estudado em escolas de cinema. Seus roteiros, cheios de improvisação, mostravam que o diretor pode ser também o escritor do próprio sonho.

Fellini também trouxe à tona questões culturais: a igreja, a família, a sexualidade. Ele não fugiu de temas difíceis, mas fez de forma que o público sentisse, em vez de apenas analisar. Essa abordagem humaniza o cinema e cria empatia.

E tem mais: o diretor ganhou quatro Oscars de Melhor Filme Estrangeiro, um recorde que ainda impressiona quem acompanha prêmios. Essa conquista demonstra que, mesmo fora dos EUA, sua obra tem força global.

Se você quer começar a mergulhar no universo Felliniano, escolha um filme por vez. Comece por La Strada se prefere dramas emocionantes, ou vá direto para se curte quebra-cabeças narrativos. Prepare a pipoca, desligue as distrações e deixe a tela criar seu próprio sonho.

No fim das contas, Fellini não é só um nome na história do cinema; ele é a prova de que o filme pode ser poesia em movimento. E aí, pronto para assistir a um clássico e sentir a magia?